O NOVO AMOR DA VIDA DE OSWALDO MONTNEGRO

Em seu quinto casamento, Oswaldo passa três dias da semana no apartamento dela e três, no dele: “Eu vivo minhas paixões monogamicamente”, diz • • • “Minha maior diversão é assistir filme com a Paloma. Ela grita, chora, sobe na mesa e dá porrada na televisão’’ Oswaldo Montenegro, cantor • • • Paloma cuidou do pai do cantor, que morreu de câncer em janeiro

Romance Amada ao som dos bandolins Às vésperas do megashow em que comemorará 25 anos de carreira, o cantor Oswaldo Montenegro revela detalhes da paixão que vive há dez meses com a atriz Paloma Duarte Fábio Farah   Ouvir Oswaldo tocar piano é um dos maiores prazeres de Paloma. “Uma música maravilhosa toma conta da casa”, diz ela O cantor Oswaldo Montenegro, 48 anos, conheceu ainda criança a jovem atriz Paloma Duarte, de 26. Moradores do mesmo prédio no Rio de Janeiro, os dois se encontraram várias vezes no playground e na piscina. No dia 31 de março de 2003, durante o lançamento de um songbook com letras das canções de Oswaldo, Paloma esteva presente, convidada pela amiga Madalena Salles, primeira mulher e sócia do cantor. Nessa noite, os dois pressentiram algo. “Se eu encontrar a Paloma novamente e nós dois estivermos separados, vou me juntar a essa mulher”, pensou ele. “Senti que me apaixonaria por ele”, conta Paloma. Depois de três meses, em junho, o pensamento de Oswaldo e a sensação de Paloma assumiriam um tom profético. “É o futuro do pretérito. Antes de estar apaixonado pela Paloma ela era a mulher pela qual eu me apaixonaria”, diz o músico. O namoro começou depois de a atriz aceitar o convite para um jantar.  No ano em que comemora 25 anos de carreira – que terá como ápice shows no Canecão nos próximos dias 25, 26 e 27, onde gravará um CD e um DVD – a presença de Paloma em sua vida foi fundamental, quase mágica, diz ele. Sem ela Oswaldo teria desistido de tudo no dia 6 de janeiro, quando Nilton, seu pai, empresário e melhor amigo, morreu, vítima de câncer. “Meu pai era o maior estímulo da minha carreira, quando ele morreu fiquei com preguiça de continuar, fiquei sem chão. Ele era a primeira pessoa para quem eu mostrava tudo o que fazia”, desabafa o músico. “Foi a Paloma que não me deixou surtar. Eu consegui passar por isso com a Paloma, pela Paloma e pela ajuda da Paloma. Ela também me ajudou a consolar minha mãe. Foi um anjo para a gente.” Durante as internações sucessivas que começaram em agosto de 2003, a atriz passava o dia no hospital fazendo massagens e conversando com Nilton. “Me senti muito grata à vida por passar isso perto do Oswaldo. Ele é um homem que arrebenta de sensibilidade e foi bonito ver como ele passou por isso”, recorda Paloma. A atriz é a quinta esposa de Oswaldo, que se divide entre seu apartamento e o da atriz. O casal passa três dias no apartamento dele e três no dela – um dia por semana, ele reserva para a mãe, recém-viúva. “Vivo minhas paixões monogamicamente, não por moralismo, mas por tesão”, diz o músico, que se irrita com a “lenda” de que seria um Don Juan à brasileira. Uma das maiores diversões do casal é atravessar a madrugada assistindo de três a quatro filmes. “A Paloma grita, chora, sobe na mesa e dá porrada na televisão”, diverte-se ele, que assiste à trilogia do Poderoso Chefão toda semana. “Quando eu sei que o filme vai provocar uma reação nela eu o revejo só para vê-la tendo ataques na minha casa.” Viciada em DVD, Paloma confirma: “Grito quando o bandido aparece com a arma”. Para ela, as filhas Maria Luíza, 8, e Ana Clara, 6, entrosaram-se com o cantor. “Elas o adoram e o chamam de tio Bado. Ele tem uma ligação impressionante com as crianças. Vejo isso pelo filho dele, o Pedro.” O amigo e confidente para quem Oswaldo conta todos os segredos, Pedro, 17, não é filho biológico do cantor. Filho de Madalena Salles, 47, com quem Oswaldo morou de 1975 a 1979, Pedro foi adotado pelo músico assim que nasceu e acompanhou todas as turnês do pai, até entrar para a escola. Separada quando se descobriu grávida de Pedro, Madalena contou com a ajuda de Oswaldo durante a gravidez e parto. “Eu morava sozinha e o Oswaldo ficou em casa com a namorada, cuidando de mim. É o meu melhor amigo”, diz Madá, considerada por Paloma como uma irmã e pivô da união do casal. “A Paloma faz o Oswaldo crescer e vice-versa. Gosto que meu filho saiba que o pai dele namora dessa maneira com uma pessoa tão honesta como a Paloma.” Descrentes em relação a destino, tanto Oswaldo quanto Paloma vivem o presente com um sabor do passado. Amigo antigo de Débora Duarte, o cantor lembra que, quando Paloma recebeu o primeiro convite para trabalhar na Globo – aos 11 anos, ela fez Armação Ilimitada –, ela e a mãe assistiam a um show de Oswaldo. Já a primeira lembrança de Paloma em relação ao amado aconteceu aos oito anos. Ela assistia com a mãe ao Festival dos Festivais, da Globo, no qual o músico concorria com a canção “O Condor”. “Vamos torcer para o Oswaldo”, dizia Débora, defendendo o amigo. Paloma desobedeceu a mãe e torceu para que Os Abelhudos, um grupo juvenil, faturassem o primeiro lugar. Convencida por Débora, Paloma começou a ouvir os CDs do músico. Atualmente, uma das coisas que mais gosta de fazer é estar deitada sozinha no sofá de casa e ser surpreendida com Oswaldo ensaiando uma canção no piano ou violão. “A mão dele vai solta. Está um silêncio e de repente uma música maravilhosa começa a preencher a casa. É muito bom”, completa a atriz, que tem “Cigana” e “Bandolins” entre suas canções preferidas.